MINHA PRIMEIRA CRÔNICA

Olhando meu caderno, pensando em escrever uma crônica, para levar ao meu professor no dia seguinte.

            Gostaria de ter uma inspiração, lembro-me que não é preciso inventar um episódio, e sim falar do que acontece comigo dia após dia.

            Então olho para uma folha, abaixo onde estava exposto o meu caderno,

“A Última Crônica” de Fernando Sabino, vendo que o meu caso parece ser muito parecido com o dele, procurando estar inspirado, em alguma coisa.

            Olhei ao meu redor, e não tinha nada sobre o que escrever, fechei meu caderno e fui rumo a escola, ao  chegar lá vi todos os meus colegas, já com suas crônicas produzidas, então pensei: se eles conseguiram, por que eu não vou conseguir? Nada é impossível, pedi para que o meu professor me desse mais um dia, então consegui o que eu esperava, mais um dia para pensar na minha primeira crônica, fui para casa.

            Ligo a TV, começo a assistir a um jogo de futebol, vejo aqueles torcedores na arquibancada, com o “coração na mão”, aquecendo sua voz, para que então no final gritar “é campeão”. Aquele torcedor em que fiquei observando, de camisa amarela, chrot vermelho, com o seu filho no colo, com aparência de mais ou menos seis anos, aquela que parecia sua esposa com um garoto de aparência de ser o mais velho. A mãe pulando o filho gritando. No fim do jogo, o seu time o vencedor, o pai alevantou-se, ergueu o seu filho, corre os olhos pela as arquibancadas, feliz com o sucesso do seu time, satisfeito.

            Ao terminar de observar o casal, pensei, que felicidade, família unida, companheira...

            Então, no outro dia apresentei a minha crônica, para meus colegas, ao terminar de ler disse: Assim criei minha primeira crônica: e assim que fosse tão pura, como a felicidade desse casal.

-Olá, boa tarde! O que desejas?
-Boa tarde. Eu quero fazer uma hidratação no meu cabelo.
-Ah, queria sentar-se aqui, irei começar.
Minutos depois...
-Terminei. Deixe-me tirar a touca; olhe para o espelho ao seu lado.
-AH! O QUE É ISSO? CAIU TODO O MEU CABELO?
-Minha senhora, desculpe-me?
-Na, não, desculpas vai trazer meu cabelo de volta? (Começam a brigar
(Som de batidos na porta)
-Oi, o que foi isso meninas? Estão brigando?
-Mãe, ela penteou o cabelo da minha boneca, e caiu todo!

Bruno venha pra casa meu filho, vai chover amanhã você brinca com o filho do vizinho, com seu carrinho de controle remoto [...].

Hoje na pracinha, não tem ninguém, é dia de jogo de futebol (copa do mundo), todos estão em suas casas assistindo o jogo pela TV.

Ontem mesmo, vi crianças jogando futebol, idosos jogando cartas, baralho, milhar, xadrez.

Lembro-me de ontem vendo aos idosos, se divertindo, sempre com o seu lema: “O importante não é ganhar e sim competir”. Diferentes de adultos, adolescente de hoje em dia, que vivem “brincando” sempre com apostas que vão de dinheiro a casas, terrenos, automóveis etc.

Sempre vem um grupinho de idosos todos os dias, nessa semana eles estão animados trocaram seus “joguinhos” por um jogo de futebol, no clima da copa.

Todos agora estão vindo, de short azul, camisas amarelas, chapéus verdes.

Chamam o grupo de meninos que estavam jogando para juntar-se a eles, o grupo da terceira idade contra os garotinhos de 11 anos, os idosos ficam como estão e os garotos se põem a ficar sem camisa. Todos prontos começa o jogo, um pra lá dois pra cá, um marca três outro marca dois, um puxa pra cá, outro fica parado, mas todos sempre alegres, então terminam o jogo, terceira idade: 3 garotinhos de 11 anos: 9.

Começam a se abraçar, os garotos por sua vez felizes com a vitória falam para os idosos o que aprenderam todos esses anos na pracinha que sempre por muitas vezes ouviram os idosos dizer, falaram todos orgulhosos: “O importante não é ganhar e sim competir”.